quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Dupla face

Olá!
Hoje estive pensando em algo que me irrita profundamente, mas que também me desperta uma certa curiosidade: a dupla face alheia.
Mesmo sendo atriz, trabalhando sempre com o controle das emoções, ainda não consegui entender como funciona esse estado de alma de uma pessoa.... Chamo de dupla face aquele que tem o DOM ( sim, porque pra transformar isso numa constante, é necessário ter nascido com um certo dom) de dizer uma coisa e agir de forma contrária. Ah, mas existem tantas pessoas assim por aí... Vocês nem devem estar surpresos. Mas eu sim. Eu ainda me surpreendo com determinadas atitudes do ser humano. Como é que alguém tem a coragem, a ousadia de só faltar jurar que uma coisa é X quando na verdade é Y????
Gente, isso é uma doença! Já passa da loucura!
Não se trata de contar uma mentirinha ou outra, de "tapar o sol com a peneira" em certos momentos ( afinal, ninguém é totalmente verdadeiro o tempo inteiro, não sejamos hipócritas). O que relato aqui é um episódio real, que aconteceu comigo e que se torna constante atualmente.
Será que as pessoas não pensam que NÓS PENSAMOS? Que nossas cabeças não estão nesse mundo à passeio, muito menos de enfeite? E que, além de cabeças pensantes, temos um par de olhos! Com todas essas ferramentas, é ÓBVIO que um dia saberemos a verdade, concordam?
O que me pergunto é: que sentimento isso gera nessas pessoas e nas que são vítimas delas?
Eu posso falar por mim, que fui uma vítima. Eu sinto, em primeiro lugar, NOJO. Sim, sabe quando você pega nojinho de alguém? É basicamente isso. Em segundo lugar, eu sinto PENA. Porque esse ser é um pobre coitado. Pobre de espírito, pobre de inteligência, pobre de amor próprio e pelo próximo. Pobre de sentimentos, pobre de VERDADE. Pobre de caráter!
Saber que essas pessoas existem, já é triste. Mais triste ainda é ter que conviver com elas, seja no ambiente social, seja no ambiente de trabalho, ou até mesmo na sua própria família.
Dói passar por situações assim. Dói lá no fundo do coração, porque além de você se decepcionar com aquela pessoa, você se sente traída, além de sentir uma certa ponta de ingenuidade ainda presente na sua essência.
"Traída" no sentido de terem traído sua confiança, sua amizade, até mesmo sua inteligência e seu bom coração.
Aí eu me questiono: vale a pena ser sempre "a mocinha" da história? Gostaria de sentir na pele a essência de uma vilã. Além de saborear o prato frio da vingança, saberia como é dar umas belas gargalhadas dessas mesmas pessoas que, fatalmente, já estiveram gargalhando tb... e de mim!
Realmente, gostaria de ser uma vilã...
Mas só por um dia! =P

Um comentário:

  1. Transmute o nojo e a pena em compaixão, pois no fundo aquele ser é vítima de si mesmo, da ignorância de seu (próprio) ego.

    Cabe a nós amorosamente auxiliá-lo no despertar.

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